7.29.2007

E outro para a Teresinha...

... que a miúda merece e eu não compareci à jantarada, quiçá para desabafar também os meus dramas, como tem sido habitual!


Tresinha, agora para acabar bem e não ficar só aqui a fotografiazinha bonita, deixo a banda sonora de todo e qualquer evento que te inclua a ti e a nós, claro.


Chupa Teresa, Chupa Teresa

Que este gelado gostoso é feito de framboesa


(vá, chega)


7.21.2007

Um Sto Lat para a Marineidji





A Marina faz anos porque Deus assim quis (pois claro) e o que nós desejamos é que seja feliz.


Como a Teresa tem vergonha de ir deixar a máquina a arranjar, não temos quaisquer registos do jantar da mocinha.

7.20.2007

Arrumações

Deparei-me agora com esta maravilha. Não sei se vão apreciar tanto como eu, mas soltei umas boas gargalhadas e, como não sou egoísta, resolvi partilhar esta relíquia. Atente-se na métrica da coisa, não vão pensar que foi um mero poeminha feito "às três pancadas".

(ora portanto, cof cof)

tava uma velhota à varanda
a olhar per'a janela
coitadinha, pobre dela
que ideia d'ir à varanda

deu-lhe um baque na trombose
foi-se a boca p'rá direita
'scorregou, tombous'a velha
sobre a janela desfeita

vai ela p'rá'levantar
toda rota c'os vidrinhos
cai-se a velh'ó'scorregar
no sangue azul aos quadradinhos

mas 'inda vai d'agarrar,
consegue, a senhora idosa
no párapeito do varandim
vira-s'a da frente airosa
«ai, velha, tu vê lá isso,
dá-te outra dessas, é o teu fim!»

vira-s'a velha cor de rosa:
«ó puta, tu vai p'ra dentro,
tu vai mas é te lavar,
que hoje 'inda tens clientes,
rata morta el's vão cheirar!»

respondeu-lh'a put'á ver
d'outro lado a borbulhar:
«ai, velha, ai sua ranhosa!
tu não me falas assim!
olha qu'eu dou cabo de ti,
sua velha velhota idosa!
espera qu'eu já venh'aqui!»

vai a puta para dentro,
vaca matreira que é!
fica a velha a matutar
com uma pontada no pé:

«tu qu'es ver esta matreira
qu'ainda me fode a vista!?
c'a mania qu'é artista,
esta vaca punheteira!

ai! que pontada valente
ma deu agora no pé!
ai ai ai, ist'é urgente!
acudam aqui d'el-rei!»

entretanto chega a puta
toda bem artilhada:
saca da frigideira dum lado,
toda preta blindada,
do outro o panelão,
cor de merda dourada:

«se não t'acert'á primeira,
ai velha, 'tás fodid'esta nonte!
levas c'o panelão na torneira,
ou vais ter de fazer a ponte!»

coitada da velha idosa,
do qu'ela se foi lembrar!
a frigideira passou,
panelão não pôd'evitar...!

desamparado o corpo tombou.
n'aflição outro baque sucedeu
a trombose foi maior
'té o olho da 'squerda encolheu

tant'a velha estrebuchou,
tant'a velha fez por isso
que passou do varandim
e 'scorregou com'um chouriço

tomba com estrondo no chão
e foi mesmo o seu fim
ía a passar um camião
e o camionista conta assim:

«a cabeça foi primeiras
a apontar par'ó sul
o panelão das jardineiras
era da loja azul.»

coitadinha da velh'idosa
o que lhe foi suceder!
tão risonha, primorosa,
acabou por se foder!

dizi'a puta manhosa:
«não foss'ela malcriada,
eu não seria vaidosa!
foi muito bem o panelão
que ficou logo bem calada
a puta da velh'óstioporosa

estava uma velhota à varanda
a olhar per'a janela
coitadinha, pobre dela,
faleceu na rua amarela,

não foi do baque na trombose,
nem dos vidros da janela,
foi da puta da frente, sidosa,
que fodeu a velhot'amarela.

(przepraszam pela linguagem, mas eu venero esta pérolazinha)