6.30.2007

Analogias

Andava a minha mente errante a deambular algures pela pasta reservada às minhas imagens e o meu precioso tempo a ser despendido na recordação de momentos vividos aqui na Polska quando, por mero acaso, fiz a analogiaqual blog da Sissesentre algumas das figuras tristes lá presentes e outras feitas, outrora, na Tugalia.


Por impossível que pareça, e dado o facto de não nos ter sido diagnosticada, até à data, uma qualquer perturbação mental, paralisia facial ou mesmo parcial do cérebro, acho inacreditável o facto de, na maioria das fotografias tiradas, esteja presente um qualquer ser com um ar muito pouco normal – vá, não ofendamos as pessoas, ou melhor, não nos ofendamos a nós mesmas.


É verídico, temos uma tendência natural para nos assemelharmos a atrasados mentais. Basta usar um bocadinho de criatividade, revirar os olhos, por a língua para fora ou arreganhar a dentuça e está uma fotografia estragada. Por vezes nem é preciso forçar muito, a anormalidade emerge espontaneamente e aí está o fim da fotografia decente.


Não, de facto não é só na Polska que este fenómeno acontece. Poderia referir a fotografia do Casal que foi feito um para o outro, tirada nesse brilhante aniversário da nossa não menos brilhante Fafy, que teve lugar no Barreiroessa também bela localidade portuguesa.



>
Mas a coisa já vem de há mais tempo. Eu dizia que era inato, mas não conheço as miúdas assim há tanto temponem sequer sou amiga da Sisses porque a meta dos 8 anos ainda está muito longe e, depois desta humilhação publica, temo que o prazo se alargue.



Depois disto, Sílvia, duvido muito que o Miguel continuasse a desejar arrasar cofres ou a afirmar que a batida do teu coração gélido é capaz de competir com coisas que se fumam por aí.


Mas retomemos a série de maravilhosas imagens que a nossa constante boa disposição, vulgo parvoíce que nos é inerente, proporciona.









Pois é, parece que este mal se alastrou até às remotas terras da Polska e já contagiou mais seres por estas bandas. Para confirmação dos factos, ficam algumas imagens – bem diz o lema “Ver para Crer”.


Atente-se no pormenor tom usado nas fotografias mais antigas.


É uma pena estas coisas acontecerem. Podíamos ter fotografias bonitas, com pessoas bonitas, em sítios bonitos. Até podíamos fingir que nós éramos bonitas, valia a pena tentar, mas não. Fica a esperança na cura da insanidade que nos invade o pouco cérebro que temos.







Existe sempre a mais nova versão das fotografias horrorosamente feias, cujo principal objectivo é captar o momento em que a pessoa salta mas, e dada a dificuldade, os resultados são sempre desastrososcomo esta, portanto.


A Rita aprecia bastante a versão emplastro, na qual se sai muito bem – como é possível observar. A Nonas tem vindo a investir nas bocas de peixe e também não está mal, mas nada comparado com a perícia usada pela kolejanka que, subtilmente, surge por detrás de qualquer personagem que esteja a ser captada por uma câmara fotográfica.



A esta podemos chamar “O Auge do Desperdício”. Veja-se o ar lindo e maravilhosamente feliz do Roberto, essa jóia de menino, tão contente por tirar uma fotografia linda connoscoesta era daquelas para o olácincoe nós o que é que resolvemos fazer? Estragar a fotografia, claro está. Esta dói na alma, cria remorsos nas pessoas.

6.28.2007

Obrigada pela assiduidade






Tantos comentários que nem consigo ler todos. Esta coisa de postar para o boneco é muito giro. É.



Se foder.


6.21.2007

A Rita fará o favor de mostrar a verdadeira Kitty

Talvez amanhã, se a borracheira e a roupa ensopada do banho que iremos tomar no lago me fizerem dormir com aquela coisa horrorosamente cor-de-rosinha que me ela me ofertou - sim porque hoje faço anos. (por favor, não me torturem com mais parabéns)

6.20.2007

CONVITE

Estão, desde já, convidados para a festa de anos da Nonas, amanhã, dia 21 de Junho - o maior dia do ano para a maior festa da Polska.
Jantar algures na cidade velha e, às 23, encontro marcado no Irish Pub. Inté.

6.18.2007

As rãs

"Eu gosto muito de rãs. As rãs arrotam a noite toda. As rãs são mais pequenas que as vacas e mais grandes que um pintelho. As rãs não têm pintelhos. As rãs põem ovos pela paxaxa que depois dão rãzinhas pequenas. Se as rãs tivessem pintelhos na paxaxa arranhavam os ovinhos que são muito pequenininhos e as rãzinhas que estão lá dentro iam morrer porque entrava água pelas arranhadelas e elas morriam afogadas e porque quando são pequenas não têm patas e não sabem nadar. Eu também ainda não tenho pintelhos mas já sei nadar. Também ainda não tenho paxaxa mas um dia vou ter muitas. As rãs são as mulheres dos sapos. Os sapos não têm unhas por isso não podem coçar os tomates. É por isso que eles andam com as pernas abertas a arrastar os tomates que é para os coçar. E quando se picam nos tomates os sapos dão saltos. As rãs também dão muitos saltos, por isso têm a paxaxa sempre aos saltos. Eu gosto muito de rãs. E gosto muito de sapos."

E eu gosto muito de ti, Teresa, e das rãs que me envias e que nos fazem soltar grandes gargalhadas.

6.15.2007

Esperta, a miúda.


A miúda estava nervosa, é um facto. Mas que merda, era só o exame de condução. Não sei se levou a garrafinha com chá, mas por certo que não tomou os quatro ou cinco calmantes que tinha previsto – era isso, adormecer ao volante e levar um chumbo na certa. E chumbar é para outros, porque a SISSES é grande e até é capaz de guiar três loucas e um coelho de peluche por esses caminhos acidentados dos montes de Benfica, enquanto no rádio se ouve Buraca Som Sistema – e esta combinação é, de certeza, bem mais destabilizadora que a presença de um qualquer senhor examinador que quer despachar as miúdas, desejoso que está de tomar um café, almoçar ou ir para casa cedo.

Acho bem que tenhas passado no exame. Acabava-se já aqui a nossa amizade se te tivesses armado em aselha e reprovado. Vê lá se agora arranjas um carro para ires buscar as tuas miúdas ao aeroportose quiseres podes arranjar um jipe para irmos as duas subir montes, porque tu também gostas.

6.13.2007

Sabado é dia de passeio

Sábado é dia de passeio e, depois duma almoçarada no vegetariano – que deu a volta até aos intestinos mais problemáticos – eis que as Polskateiras rumam às grandes superfícies de comércio de produtos de beleza desta terra, de seu nome Rossman.
Estão estes estabelecimentos repletos dos mais variados produtos – de máscaras de beleza para pernas e pés a preservativos com nomes elucidativos como Conamore ou mesmo Pepino, há de tudo em grandes quantidades.


A Rita precisava de espuma para o cabelo e, depois de uma árdua escolha resultante das milhentas marcas e espécies existentes no bazar, que passou ainda por uma mostra de vernizes e respectivas cores – que é como quem diz, depois de pintar cada uma das suas 10 unhas com uma cor diferente embora igualmente berrante – fomos pagar as nossas míseras comprinhas.


Paga não paga, recebemos o troco e armamos logo ali barraca. A miúda tinha dado uma nota de 20 zlotis ao senhor e ele tinha feito o troco para 10 – veja-se a quantidade astronómica de dinheiro com que andamos, sendo a taxa de conversão correspondente a 4 zlotis por 1 euro. Continuava a moça, perdida já que estava da vida dela por não receber o troco devido, a insistir que tinha pagado – ai Otilinha – o total com 20 zlotis. Que merda, 20 zlotis.


O indivíduo da caixa não percebia bem o que dizíamos, o senhor que estava atrás ainda tentou traduzir mas foi um esforço que não deu frutos. Foi chamada a supervisora que o caso era sério e dar mais 2 euros e meio à miúda era inimaginável – que tinha a certeza de ter pagado com a nota de 20 que estava na carteira. Chegou então a superior e toca de acartar a caixa com o dinheiro para o gabinete para contar, zloti por zloti, todo o que tinha sido amealhado, não fosse a estrangeira uma impostora e os quisesse fazer passar por parvos.


Já se ameaçava o moço e a supervisora com as possíveis imagens gravadas pela câmara que estava por cima de nós quando, ao olhar para a carteira, e depois de ser inquirida pela milésima vez, a Rita diz:


- Ai, afinal paguei com a nota de 10.


E tivemos que desandar.

6.11.2007

PRAIA?

É verdade, fomos à praia. E não, não apanhámos o avião para a Tugalia, quiçá para as Caraíbas. Apanhámos mesmo o comboio para Gdansk e a coisa deu-se. É certo que, nesta nossa estadia, podiamos ter pensado em muita coisa - inclusivé na hipótese remota de ir molhar os pezinhos nas águas do Báltico, até porque, há falta de um, viemos com 2 bikinis na bagagem - menos nisto, porque apanhar um valente escaldão na Polska é, no mínimo, estranho.



Estranho é também um adjectivo que se adequa à nossa viagem. Porque isto de uma pessoa ir comprar bilhetes, dizerem que não há mas que podemos comprar no comboio atulhado de gente, não é propriamente comum. Para além disso, o facto de uma carruagem inteira - vulgo o bar do comboio - ocupar por completo o chão, os bancos e todo e qualquer sítio imaginável onde seja possível recostar o corpinho para dormir é no mínimo invulgar.




Mas chegámos - é certo que mais mortas que vivas - e lá fomos nós passear e aproveitar esta vidinha de Erasmus e os luxos que ela nos proporciona.






Marina, para que não fiques triste, olha que coisa linda encontrámos! Já viste como somos queridas e gostamos de ti? - estamos tipo a Sílvia, que posta coisas lindas com o meu nome.




Ainda andámos perdidas, mas lá encontrámos o caminho para o barco que, depois de umas 2 horas de enjoo, lá nos levou para a tão ansiada praia.








E chegámos e é isto o Báltico. Águas calmas e, contrariando as expectativas, não gélidas - juro. Azar o vosso porque nós já lá tomámos o nosso banhinho!


E ao fim de um dia era este o nosso espírito - Polskateiras e felizes!



Eu não estava, de facto, a brincar quando me referi ao sol polaco enquanto causador de escaldões na pessoa que vem da terra do sol, do calor e da praia. Não estava mesmo. E, assim como eu mudei a minha opinião em relação a possíveis estâncias balneares, incluindo agora a Polska num destino a ter em conta aquando da planificação de férias de praia, acho bonito que mudem também a vossa - tinham sido lindas se cá tivessem vindo, como podem ver tinhamos muitas coisas bonitas para vos mostrar.



A pessoa que está verdadeiramente escaldada sai de casa de manhã para ir comprar um protector - o que, note-se, é uma atitude inteligente, visto que já está bem vermelha -, besuntando-se depois em plena Gdansk. Ah tugas!





Ainda tivemos tempo de ir ao maior castelo do mundo - e é nesta altura que me lembro do maior coração do mundo, tão desejado pela mana Romana - passar mais uma tarde animada, a conviver com os moços locais que somos meninas expansivas, alegres e muito animadinhas.
















E agora desculpem-me, mas o trabalho que era para serentregue na semana passada espera-me.

6.02.2007

Trabalhos para fazer?







Consta que sim, que temos trabalhos para fazer. Não parece? Somos profesorinhas e os nossos trabalhos só são feitos na véspera - não é por acaso que o nosso portefólio de desenvolvimento da linguagem ficou tão bem cotado!