12.28.2007

Jingle-bell, jingle-bell, jingle-bell rock

O Jingle Bells, o Rockin' Around the Christmas Tree, o Holy Night e o raio que parta o Natal.

O All I Want For Christmas is You, sempre preferido e sempre detestável - em música ou em nicks decorados com asteriscos e arrôbas.

O Pinheirinho de Natal ou o básico É Natal, É Natal.

A árvore (e abra-se um parêntesis para citar a Fafy que tanto orgulho me dá "A árvore é uma pega porque é montada por todos"), as bolinhas dórês e prátiês, as fitinhas e os berloques decorativos. As luzinhas, os pais natais pendurados nas varandas deste mundo e do outro e as renas dos quintais.


Vá, que se torna insuportável. Acho que este ano diminui a quantidade infernal de anúncios a Barbies, Nenucos, Rosinhas Amiguinhas e toda a boneca que, em tempos, idolatrámos. Para os (ou as) mais saudosistas, e a jeito de consolação, somos brindados anúncio sim, anúncio sim, com o Cristiano e os seus diamantes - vulgo brincos, que fazem dele uma autêntica jóia -, levando o gajedo ao delírio e a desejos de fim de ano em que ele é o primeiro pedido, acompanhado pelo magnífico sabor a graínhas de passas.


Agora, por gajedo e por Natal, perguntemos à nossa Princesa Sissi e ao seu presente, qual o novo termo para designar um ajuntamento feminino. Respondo eu que ela não se importa: grelame. E também isto é Natal, uma aprendizagem constante.


Se o Natal é quando o homem quiser, (grelame, aguentemo-nos)

E se a aprendizagem também é Natal,

A aprendizagem é quando o homem quiser.


(o Sarreira que o diga e eu que o confirme, que isto da pessoa reunir com ele dia 2 é mesmo para obrigar a fazer da missa do galo um local para ler fotocópias sobre corais)


O bacalhau, o perú e sempre a mesma coisa na mesa. As rabanadas, o arroz doce, o bolo rei e toda a doçaria que detesto e que faz de nós umas moças roliças e lustrosas. Os filmes repetidos até à exaustão. O Sozinho em Casa, a Música no Coração, o Uma Criança Chamada Jesus e o resto das religiosidades todas que as pessoas sem TV Cabo, como eu, são obrigadas a gramar.

Os que se vestem de Pai Natal para serem descobertos assim que entram carregados de todos os embrulhos e mais alguns, os papéis e laçarotes e o ar dos magotes de gente que enche os shoppers e que somos obrigados a respirar enquanto esperamos que uma criaturinha nos enfie a prenda num sítio qualquer e a cerre com uma tonelada de fita-cola.

(vou ler sobre a Marie Curie, que o Pai Natal não me trouxe um certificado que me fizesse ter a cadeira de Ciências I feita)

12.22.2007

um dia juntamos as escovas de dentes

de facto são bonitos os anúncios da nicola. gosto muito, vá. ou munto. munto, munto. mas daí a suceder uma coisa destas - opa, um bocadinho menos. o que é que sucede então? sucede que ficou, por mero acaso ou por infortúnio do destino, esquecida cá em casa uma linda e cor de rosinha escova de dentes.

(em preparação um post natalício. apetece-me)

12.11.2007

é natal, é natal

"nao tá natalício?!" - pergunta ela, irradiando felicidade. ó sissi, se está. e ainda tem fôlego para um "feliz natal para ti e para os teus, nonas". é demais para mim e, antes que me desfaleça para aqui de desgosto, deixo a perolazinha com que a miúda me presenteou.

(que a menstruação desça sobre nós, seres bipolares. depressa)

para terminar em beleza, atente-se na designação do ficheiro:

"all we want for christmas".

ódass.

12.08.2007

transtorno disfórico pré-menstrual

é um mal que se abate sobre nós, comunidade feminina eseana, e que dá pelo nome de síndrome pré-menstrual, tensão pré-menstrual ou até mesmo «terror pré-menstrual». ocorreu-me fazer qualquer coisa útil por nós, miúdas disfóricas, porque estas crises que nos assolam nos dias que precedem a chegada da menstruação - essa jóia - andam a tornar-se insuportáveis.

cada qual canta como lhe ajuda a garganta, vulgo é facilmente identificada a diversidade de demostrações gratuitas de mau humor e indelicadeza durante este maravilhoso período do mês.
  • depressão, sentimento de desesperança, pensamentos auto-depreciativos; (ai!)
  • ansiedade, tensão, nervosismo, excitação;
  • fraqueza afectiva, tristeza repentina, choro fácil, sentimento de rejeição; (bem dizia ontem a sissi que lhe estava a dar para a tristeza. mais um bocado e entrava-me em prantos naquele antro)
  • raiva ou irritabilidade persistente, aumento dos conflitos interpessoais; (é por isto que eu rezo para que as apresentações dos trabalhos não coincidam com o período que precede os jogos em casa do benfica - ok, não utilizei esta expressão)
  • diminuição do interesse pelas atividades habituais;
  • sensação de dificuldade de concentração;
  • cansaço, fadiga fácil, falta de energia;
  • acentuada alteração do apetite; (é.)
  • distúrbios do sono;
  • sensação de estar fora do próprio controle;
  • inchaço e/ou sensibilidade mamária aumentada; (não vou fazer referências a este ponto, os convívios durante o almoço não deixam quaisquer dúvidas)
  • dor de cabeça; (ódass)
  • dores musculares;
  • ganho de peso ou sensação de inchaço; (só durante a tpm?)

e assim como quem não tem mesmo nada melhor com que ocupar o tempo, há sempre a hipótese de saber qual o tipo de tpm que afecta a nossa vidinha durante uns dias e a torna num inferno - à nossa e à dos que, coitadinhos, têm que conviver connosco.

http://boaforma.abril.ig.com.br/edicoes/206/fechado/Saude/conteudo_189.shtml

12.04.2007

(aquando da simulação do conselho pedagógico)

onde é que vamos buscar o bla bla bla?

às introduções (quiçá).

e o que são introduções?

oi?!

12.03.2007

dramas existenciais

*Maryanne diz:
e pergunto eu, porque é que as pessoas têm tendência a chamarem-se de manas e chamarem cunhados aos namorados das respectivas manas? não percebo.
ΛиΛ diz:
olha, eu cá por mim acho fofinho e querido
(estes adjectivos também são do bufo, diria eu)
ΛиΛ diz:
e porque, de facto, se elas são manas, os respectivos serão cunhados
ΛиΛ diz:

a denominação de mana é que é uma coisa que roça no foleirão... mas entre MIGA e MANA
ΛиΛ diz:
venha o diabo e escolha
*Maryanne diz:
pois.
MIGA é fofo
*Maryanne diz:
MANA por sua vez, é kido
*Maryanne diz:
portanto faz algum sentido

se alguém tiver uma explicação (mais) lógica para este drama apresentado pela genial Marianinha, por favor, apresente-a.

11.20.2007

indecentes, são indecentes

isto anda a roçar a indecência, anda. a miúda é linda e está mais crescida, mas ninguém se dignou a noticiar o aniversário. indecentes.

muitos parabéns, meu amor, minha carininha mais linda, alentejaninha querida do meu coração.



(para além de ingratas, ainda fazemos a miúda passar vergonhas no restaurante. não todas, sejamos sinceras, mas - e por mim - a teresa não janta mais connosco, que isso de repôr o que se consome parece-me extremamente indelicado e, vá, nojento)

11.04.2007

tipologias

Aos 27 dias do mês de Agosto do ano de 2007, na bela localidade de Santo Antão do Tojal (o Grande), dou início à tese sugerida lá para os lados de Sesimbra, a propósito duma colectânea de pérolas que andam perdidas por este mundo.


"A tua mãe deve ser uma ostra para ter cuspido uma pérola como tu"


Mães ostras – e antes que me entusiasme a dissertar sobre as vossas crias -, um obrigada por terem trazido ao mundo jóias como os vossos primogénitos. Estátuas nas praças, é o que merecem – isso e a esterilização.

Senti-me obrigada a fazer alguma coisa quando, há pouco, recebi um filme porno vindo das mãos de uns espanholitos amistosos e bonitos que encontrámos pelo bairro, e aos quais, depois de demonstrações de lesbiandade, pedi que me ajudassem a constituir família (ter uma prole, criançada vá). É assustador ver que engenheiros bonitos, capazes de sussurrar o genial engate do “si a ti te gusta a mi me encanta”, que nos oferecem pins ou nos passeiam às cavalitas, no meio de fotografias de professorinhas e tentativas de imitação de trissómicos, enviam a miúdas pequenas e inocentes, filmes que tanto têm de caseiros como de ordinários.

Tipo 1: O Espanhol Sonso. Por sonso e por bairro, vou proceder a uma alteração. Tipo 1: O Sonso. a) O Espanhol; b) O Australiano. Pérolas, senhor. São pérolas que nascem naquelas ruas. Estas amélias, armadas em espertas, saltaram da terra dos cangurus para cá, fazendo surf por essas praias e dormitando nas ruas – e até nos parques onde punham (hipoteticamente) o rabinho a render – enquanto praguejavam aos ventos e às meninas, num português primitivo, um “vamos nadar até à lua”, tentando amolecer os corações femininos da Tugalia.

Tipo 2: o Professorinho. Manda sms em quantidades de adolescente, fala do período, da pílula e de tampões como se duma donzela se tratasse, tem dramas amorosos e é conselheiro sentimental. Devido ao convívio em demasia com senhoras histéricas, é um ser estranho, em certo modo incompreensível e, por isso mesmo, ainda em análise.

Tipo 3: o bipolar. Criatura de extremos, cujas amizades – vulgo relacionamentos – são apenas com crianças pequenas ou com respeitáveis senhoras (cof), trabalhadoras da noite escura, com idade para serem minhas mamãs, amantes dos animais e com muito amor para dar. Famílias de acolhimento, conhecem o conceito?

Tipo 4: O Polaquinho. Criatura grande e bonita, loira, de olhos claros. Amável, prestável e todas as coisas boas existentes neste mundo. O que oferece bolinhos, frutas, chocolates, livros, o ombro, o colo, as cavalitas. Amor e carinho. O que leva miúdas histéricas dum país distante a passear, mostrando-lhes rios e cabanas junto a praias em lindos passeios de barco, subindo montanhas para dar a conhecer cruzes misturadas com o melhor pôr-do-sol. O que nos mata do coração. Só não morremos de paixão por ser doce demais – e isso a nós, lambisgóias, faz-nos mal aos dentes.

Tipo 5: o chulo. A camisinha aberta e o caracolinho sexy fazem-se acompanhar pelo sempre presente olhar de “anda cá que o pai unta-te”. Fala pouco, prefere observar. É um especialista em padrões de tecido, conhecendo as moças pelo biquini – que os nomes não interessam para nada. Aborda as meninas com charme, querendo saber qual a opinião delas acerca da sua pessoa. O chulo de hoje já não é como o de antigamente. Estuda em Lisboa, arrendando ainda os quartos da sua casa aos amigos, pondo à sua disposição meninas lindas e airosas que prestam serviços à comunidade.

Tipo 6: o Nélso. Nélso, Nélson, Nélsõ e todas as variantes existentes e possíveis de ser chamadas a estas pérolas. O Nélso é um gajo "bueda cool" que, usualmente, tem uma dama basofe e um grupo de amigos lá do bairro. Usa boné que, infelizmente, tapa os rendilhados que rapou na nuca ilustrando, por exemplo a inicial da dama ou do Cristiano Ronaldo. Usa terços, brincos de ouro ou brilhantes e meias brancas por cima das calças - preferencialemente só dum lado. Fala criolo e ouve kizomba e funana nas colunas do seu tunning altamente kitado. Pode ou não ter mota, mas tem que ter um cãozinho para ir à luta (dos mais feios e com as orelhinhas cortadas). O Nélso chama mano até ao cão e dama a todas as garinas, mesmo à própria mãe.


(há-de continuar, um dia destes. por agora fica este bocadinho escrito há tanto tempo e perdido por aqui. um abraço e um queijo da serra)

10.21.2007

silogismos

contextualização: palestra interessantíssima de ciências acerca da condensação que ocorre nos fundos de garrafa que o sarreirinha usa em frente a cada um dos seus lindos olhinhos, acompanhada pelo preenchimento de uma ficha pela terceira vez - vulgo aula de religião, dada a invocação de Deus e do três, que é o número que Ele fez

Se o que está no meio de nós é vapor de água
se Deus está no meio de nós
então Deus é vapor de água.

10.12.2007

viroses

deve ser o que mais enche o meu antrozinho neste momento - já nem são os gritos que ecoam no refeitório, o feltro que decora as plantas expostas pelas paredes e que tanto trabalho nos deram a fazer ou mesmo o meu adorado cor-de-rosinha. são virús que por lá andam e deixam as miúdas fora de si.


uma constipação consome-me - e agradeço desde já à teresa, essa mariquinhas tola que prefere contagiar miúdas pequenas de olhos amarelados que, por azar, se vêem na obrigação de partilhar com ela e com mais 20 alminhas, o mesmo espaço fechado de ar saturadamente contaminado com doenças como a estupidez e a ignorância, à mistura com espirros e intermináveis dores de cabeça. consola-me o facto de vos ter contagiado com a minha adorada mononucleose - a vingança é terrível.


depois há ares que dão nas pessoas e que as fazem agarrar em copos, cantar e dançar como se não houvesse amanhã. não sendo isso suficientemente vergonhoso, o virús é de tal modo grave que leva grande parte das professorinhas a andarem com enjoos todo o dia, incapacidade de encarar a luz e outros sintomas comuns ao galinheiro. é ver a quantidade de óculos de sol na cara e coca-colas na mão. sinceramente é incompreensível...


mas o que mais me preocupa é a virose que leva as criaturas que ocupam o montezinho de benfica a adquirirem artefactos de índole duvidosa. juro que deve ser uma coisa muito grave. não sei, mas o facto de dar de caras com uma pala de carro - aquelas coisinhas que tapam a carinha das pessoas do sol - da kity, de pelúcia côr-de-rosa não pode abonar a favor de ninguém, muito menos quando acompanhada de um ursinho também ele de pelúcia e de um cheirinho com, nada mais nada menos, - e haja o bom gosto de combinar as coisas - a carinha da kity. fiquei com medo.


(o medo também se pega? andamos todas contaminadas.)

10.09.2007

parece que foi ontem

e estamos feitas umas professorinhas. falta pouco e tenho um bocadinho de medo - vá, que o cor-de-rosinha, o papel esponja, o feltro são assustadores e eu continuo pequeninha. éramos bichos do mato, autênticos homens, e acabámos por estragar o nosso promissor futuro na engenharia aeroespacial ou em qualquer outra coisa - interessante ou não - com mais testosterona naquele antro de benfica. somos a vergonha dos nossos pais e, não sendo isso suficiente, padecemos de iliteracia científica - pelo menos eu padeço muito disso.

as manas, amigas, queridas, colegas e todos os mais adjectivos adquiridos na escolinha e capazes de nos qualificar - a mim e à sisses, irmãs, de facto por partilha da mesma madrinha (essa jóia)

10.05.2007

a retinha fez anos


é. a miúda comemorou as suas ricas 20 primaveras e ninguém teve a amabilidade de postar qualquer coisinha - são todas umas reles criaturas que se dizem amigas dela.

wszystkiego najlepszego - parabéns e todas essas coisinhas lindas que já te dissemos.

riqueza, meu biluzinho, - e aqui está de novo o meu maior e melhor elogio - outra beijoca de parabéns repenicadinha nessa carinha linda e roliça. que continuemos a fazer umas jantaradas comemorativas de todas as coisas e mais algumas, até porque precisamos de comer e beber bem para encher as nossas peles.

9.29.2007

não sejas má para mim


ao invés de ler a adorada lei de bases do sistema educativo, que é como quem diz, de me tornar numa miúda decente e crescida e deixar-me de infantilidades e derivados, preferi deixar esta relíquia aqui para que a possam apreciar tão proficuamente como eu - não faz mal que te chateies comigo, bilu bilu lindo. já nos tinham avisado que, no meio social que é a escola superior de educação, as amizades acabam mais tarde ou mais cedo.

(estou a ver se a nossa acaba mais cedo que o esperado)

9.22.2007

manuel antónio pina

"O Têpluquê

Era uma vez um menino que tinha um defeito de pronúncia. Não era capaz de dizer : dizia quê trocava o tê pelo quê. Trocava o têpluquê. Em vez de dizer tasa, como toda a gente, dizia casa; em vez de dizer tão, dizia cão; em vez de dizer tapete, dizia carpete (às vezes deixava uns tês para trás, deixava uns quês para crás). E assim por diante: em vez de dizer tábua, dizia cábula; em vez de dizer tu, dizia (rabo); em vez de dizer Tomé, dizia Comé; em vez de dizer taxímetro, dizia caxímetro, etc. (em vez de dizer etc., dizia ecc.).
Esta história (em vez de dizer esta história, dizia esca escória) tem uma moral, é das que têm: é que todos os defeitos de pronúncia (como os outros defeitos todos, há uma história para cada defeito) têm também virtudes de pronúncia, senão eram defeitos perfeitos. Ao menino, como a toda a gente que tem defeitos de pronúncia, entaramelava-se-lhe a língua; este menino tinha sorte porque, como as letras do defeito dele eram o e o quê, a língua encaramelava-se-lhe e o menino gostava muito (goscava muico)."

9.21.2007

factos e teorias

Podia falar do horóscopo, dos signos e ascendentes - até do facto de, ao fim de 21 anos, descobrir que sou balança porque a posição das constelações se alterou num espaço de tempo correspondente a um mês (?) - mas não sou a pessoa indicada para falar do assunto. Perguntem ao Sarreira, ele vai gostar de vos falar sobre isso e aniquilar as vossas ilusões, tal como fazem às criancinhas quando dizem que o Pai Natal não existe.

Factos e teorias - para ver se percebi bem a coisa. Ora então, e segundo este grande mestre da Ciência (vulgo astrólogo frustrado), uma teoria nunca se pode vir a tornar num facto porque, a qualquer altura, pode vir algo que o venha desmentir. É. Se têm dúvidas, confirmem-no.

Um mundo muito grande girava em torno dum mundo pequenino. Queria ser o seu centro - cof. Já não gira, saiu! É assim, ricos filhos, coisas da vida. Qualquer dia o sol também vai aquecer outro mundinho qualquer - esperem para ver!

grandes sucessos da literatura universal

Depois do primeiro grande sucesso, amar depois de amar-te, Fátima Lopes - essa fantástica apresentadora do melhor programa de entretenimento matinal - lança o seu segundo livro denominado um pequeno grande amor.

não tenho muito mais a dizer.

9.16.2007


de volta ao antro das professorinhas

8.25.2007

(tudo o que vi estou a partilhar contigo)


Depois dum reforço alimentar, as miúdas desandaram da capital no já famoso jipe do avô Óscar. Segunda-feira de manhã. Fizeram-se à estrada na companhia da Floribela, do Quim, do Cid e do Tony, não crendo na sábia frase do "antes só que mal acompanhado". Professorinhas. Seguiam em direcção ao Porto, para gastar o dinheiro que, no fim de contas e de meses de combinações, não serviu para o tão aguardado Sudoeste. Melhor assim.

Pararam em Aveiro - e, não me querendo alongar em considerações, aguardam ainda pela tese da Sisses sobre os seus habitantes - fizeram um piquenique e ainda comeram uns docinhos, que isso de dietas é coisa de gente magra. As miúdas são bonitas e não precisam dessas coisas.

Porto. Dias de passeio, sestas à beira do Douro e muito mais. A nova Irmandade do Anel, a Luciana e as dezenas de crianças que tiveram a tarde mais feliz da vida delas, os Pobres dos Ricos ouvidos até à exaustão - dos nossos ouvidos e das colunas do rádio, a morrer de histerismo -, os Nelsos tão aclamados. A Ana Luísa, essa polskateira e anfitriã.

O Furnicular. Deixo à vossa consideração quaisquer comentários acerca do nome deste novo transporte portuense - só um furnicula-mos, pode ser?

O Campo dos Mártires da Pátria ao qual não se chega no habitul 33 que apanho em frente ao Fonte Nova quando regresso a casa ao fim dum dia na minha já saudosa ESE - esse antro de professorinhas. A este chega-se a pé e sofrem-se desilusões pavorosas ao avistar essa Torre, a dos Clérigos.

Serralves. Fugi da escola das professorinhas, do feltro e do papel esponja, dos corações, das mediocridades e do cor-de-rosinha. Jardins Portáteis - será que foram todos feitos em Benfica pelas colegas que enchem os corredores do palácio amarelo?

(e o que não vivi, hei-de inventar contigo)

8.24.2007

OLHA


patinhos




(hei-de actualizar e dar a conhecer ao mundo as coisas maravilhosas que tenho andado a fazer)

8.05.2007

Próxima Paragem

Até quinta-feira, se Deus quiser. Que esse Senhor me acompanhe, tal como às minhas colegas lindas, fofinhas e queridas, durante a bela viagem que iremos fazer a essa bela cidade que a Invicta é, e que não deixe que nada de mal nos aconteça - leia-se um qualquer roubo, sequestro ou violação.

Adeus e até ao meu regresso.

8.04.2007

Insónias

"Eu gostava de ter uma vaca, assim como quem tem um cão. Escovava-lhe o pêlo, ia dar longos passeios na praia com ela, comprava-lhe biscoitos e, à noite, víamos as duas os "Olhos de Água". (...)

Ela podia ruminar os meus assuntos, enquanto me transmitia a paz e a tranquilidade de uma existência bovina e ao fim-de-semana, metia-a numa Ford Transit e devolvia-a ao seu habitat natural. Não precisava de comprar leite nem me sentia só. Talvez esta seja uma pista possível, um caminho novo ainda por explorar, o de trazer para casa animais domésticos de grande porte. É que já não se pode com os cães: toda agente tem um Labrador ou um Husky que, além de darem imensas chatices, não nos dão leite nem nenhuma paz de espírito.

Com tantas vacas excedentárias e de refugo, urge tomar uma decisão e restituir a estas belos animais a sua dignidade, dando-lhe a oportunidade de uma nova existência. Ponha uma vaca na sua varanda e acabe com esta mania de que os animais de companhia são só cães e gatos. Uma vaca tem sempre o seu encanto, é útil e produtiva e, embora ocupe algum espaço e não cheire a Davidoff, sempre empresta alguma originalidade à rotina diária."

(nunca estive tão de acordo achando, de facto, encantador, o facto de ter uma vaca e de isso constituir uma mudança genialmente emancipadora na vida das pessoas - idolatrando as vacas, sejam elas quais forem)

A Margarida Rebelo Pinto é uma coisa extraordinária, não é?

8.03.2007

Não foi desta que afogámos a Teresa.


Coitada, a miúda hoje nem merecia. Podiamos ter afogado a Sílvia - acho que o André e o Bernardo tiveram de conter a vontade de concretizar esse sonho, dado o extremo bom humor com que a miúda, ou besta (sejamos claros), esteve durante todo o tempo que passou na nossa companhia.

8.02.2007

A Sisses vai para Barcelona

A miúda é esperta. Segundo consta, candidatou-se para Erasmus - esse belo programa - e consegiu bolsa. Ficou em segundo. É mesmo esperta. Vai para Barcelona e, admitamos, é um belo destino. Mais uma razão que me leva a crer que é mesmo esperta, o raio da miúda.

Olha Sílvia, que quem te avisa tua amiga é, essa coisa das pessoas se mandarem para fora assim sem mais nem menos e ao Deus dará não é muito bom, sabes? Depois andas para aí a bater com a cabeça nas paredes e a desesperar porque, para além de teres saudades e essas mariquices todas - e garanto-te eu que vais padecer desse mal -, também vais ver o que é as pessoas não te poderem ouvir mais, devido à repetitividade das conversas e sua consequente incompreensão. Não fiques muito triste porque também vais ter a tua dose de incompreensão, ao fim ao cabo também te vão escapar algumas coisas. Mas não te chateies, não te preocupes nem desistas - mesmo que, na tuna, tenham gostado muito da tua voz de cana rachada - que estas depressões pós-Erasmus passam e, não passam agora, de uma saudadinha misturada com uma mera vontade de ler a Margarida Rebelo Pinto. É.

8.01.2007

PEGAS


p.s.: Estou à beira da anorexia - ou da obesidade mórbida, vá - mas, pior que isso, prestes a morrer de tédio.

Cartas da Maya, mais perto de si

VIRGEM

SAÚDE: Momento menos bom na saúde; poderá ter que fazer um interregno no desempenho das suas funções laborais.

AMOR: Algumas atitudes, imerecidas a inesperadas podem deitá-lo abaixo; nem todas as realidades são agradáveis.

DINHEIRO: Acontecimentos negativos podem atingi-lo profundamente, pondo em causa o seu trabalho.

BALANÇA

SAÚDE: Tende a acumulação de stress; procure relaxar no final do dia.

AMOR: Boas perspectivas neste plano que deve aproveitar sem condicionalismos, pois é possível que algumas circunstâncias não voltem a repetir-se.

DINHEIRO: Aceite novas tarefas, mas não ponha em causa a sua ocupação principal.

São estas as previsões para o dia 1 de Agosto - hoje, portanto - da Maya, essa figura prestigiada e mediática da astrologia nacional. Cá por mim, a senhora tem mesmo jeitinho para estas coisas das previsões. É ela e as ciganas de Belém... hão-de me ler a sina que eu começo a acreditar que estas coisas são, de facto, verdade.

7.29.2007

E outro para a Teresinha...

... que a miúda merece e eu não compareci à jantarada, quiçá para desabafar também os meus dramas, como tem sido habitual!


Tresinha, agora para acabar bem e não ficar só aqui a fotografiazinha bonita, deixo a banda sonora de todo e qualquer evento que te inclua a ti e a nós, claro.


Chupa Teresa, Chupa Teresa

Que este gelado gostoso é feito de framboesa


(vá, chega)


7.21.2007

Um Sto Lat para a Marineidji





A Marina faz anos porque Deus assim quis (pois claro) e o que nós desejamos é que seja feliz.


Como a Teresa tem vergonha de ir deixar a máquina a arranjar, não temos quaisquer registos do jantar da mocinha.

7.20.2007

Arrumações

Deparei-me agora com esta maravilha. Não sei se vão apreciar tanto como eu, mas soltei umas boas gargalhadas e, como não sou egoísta, resolvi partilhar esta relíquia. Atente-se na métrica da coisa, não vão pensar que foi um mero poeminha feito "às três pancadas".

(ora portanto, cof cof)

tava uma velhota à varanda
a olhar per'a janela
coitadinha, pobre dela
que ideia d'ir à varanda

deu-lhe um baque na trombose
foi-se a boca p'rá direita
'scorregou, tombous'a velha
sobre a janela desfeita

vai ela p'rá'levantar
toda rota c'os vidrinhos
cai-se a velh'ó'scorregar
no sangue azul aos quadradinhos

mas 'inda vai d'agarrar,
consegue, a senhora idosa
no párapeito do varandim
vira-s'a da frente airosa
«ai, velha, tu vê lá isso,
dá-te outra dessas, é o teu fim!»

vira-s'a velha cor de rosa:
«ó puta, tu vai p'ra dentro,
tu vai mas é te lavar,
que hoje 'inda tens clientes,
rata morta el's vão cheirar!»

respondeu-lh'a put'á ver
d'outro lado a borbulhar:
«ai, velha, ai sua ranhosa!
tu não me falas assim!
olha qu'eu dou cabo de ti,
sua velha velhota idosa!
espera qu'eu já venh'aqui!»

vai a puta para dentro,
vaca matreira que é!
fica a velha a matutar
com uma pontada no pé:

«tu qu'es ver esta matreira
qu'ainda me fode a vista!?
c'a mania qu'é artista,
esta vaca punheteira!

ai! que pontada valente
ma deu agora no pé!
ai ai ai, ist'é urgente!
acudam aqui d'el-rei!»

entretanto chega a puta
toda bem artilhada:
saca da frigideira dum lado,
toda preta blindada,
do outro o panelão,
cor de merda dourada:

«se não t'acert'á primeira,
ai velha, 'tás fodid'esta nonte!
levas c'o panelão na torneira,
ou vais ter de fazer a ponte!»

coitada da velha idosa,
do qu'ela se foi lembrar!
a frigideira passou,
panelão não pôd'evitar...!

desamparado o corpo tombou.
n'aflição outro baque sucedeu
a trombose foi maior
'té o olho da 'squerda encolheu

tant'a velha estrebuchou,
tant'a velha fez por isso
que passou do varandim
e 'scorregou com'um chouriço

tomba com estrondo no chão
e foi mesmo o seu fim
ía a passar um camião
e o camionista conta assim:

«a cabeça foi primeiras
a apontar par'ó sul
o panelão das jardineiras
era da loja azul.»

coitadinha da velh'idosa
o que lhe foi suceder!
tão risonha, primorosa,
acabou por se foder!

dizi'a puta manhosa:
«não foss'ela malcriada,
eu não seria vaidosa!
foi muito bem o panelão
que ficou logo bem calada
a puta da velh'óstioporosa

estava uma velhota à varanda
a olhar per'a janela
coitadinha, pobre dela,
faleceu na rua amarela,

não foi do baque na trombose,
nem dos vidros da janela,
foi da puta da frente, sidosa,
que fodeu a velhot'amarela.

(przepraszam pela linguagem, mas eu venero esta pérolazinha)

6.30.2007

Analogias

Andava a minha mente errante a deambular algures pela pasta reservada às minhas imagens e o meu precioso tempo a ser despendido na recordação de momentos vividos aqui na Polska quando, por mero acaso, fiz a analogiaqual blog da Sissesentre algumas das figuras tristes lá presentes e outras feitas, outrora, na Tugalia.


Por impossível que pareça, e dado o facto de não nos ter sido diagnosticada, até à data, uma qualquer perturbação mental, paralisia facial ou mesmo parcial do cérebro, acho inacreditável o facto de, na maioria das fotografias tiradas, esteja presente um qualquer ser com um ar muito pouco normal – vá, não ofendamos as pessoas, ou melhor, não nos ofendamos a nós mesmas.


É verídico, temos uma tendência natural para nos assemelharmos a atrasados mentais. Basta usar um bocadinho de criatividade, revirar os olhos, por a língua para fora ou arreganhar a dentuça e está uma fotografia estragada. Por vezes nem é preciso forçar muito, a anormalidade emerge espontaneamente e aí está o fim da fotografia decente.


Não, de facto não é só na Polska que este fenómeno acontece. Poderia referir a fotografia do Casal que foi feito um para o outro, tirada nesse brilhante aniversário da nossa não menos brilhante Fafy, que teve lugar no Barreiroessa também bela localidade portuguesa.



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Mas a coisa já vem de há mais tempo. Eu dizia que era inato, mas não conheço as miúdas assim há tanto temponem sequer sou amiga da Sisses porque a meta dos 8 anos ainda está muito longe e, depois desta humilhação publica, temo que o prazo se alargue.



Depois disto, Sílvia, duvido muito que o Miguel continuasse a desejar arrasar cofres ou a afirmar que a batida do teu coração gélido é capaz de competir com coisas que se fumam por aí.


Mas retomemos a série de maravilhosas imagens que a nossa constante boa disposição, vulgo parvoíce que nos é inerente, proporciona.









Pois é, parece que este mal se alastrou até às remotas terras da Polska e já contagiou mais seres por estas bandas. Para confirmação dos factos, ficam algumas imagens – bem diz o lema “Ver para Crer”.


Atente-se no pormenor tom usado nas fotografias mais antigas.


É uma pena estas coisas acontecerem. Podíamos ter fotografias bonitas, com pessoas bonitas, em sítios bonitos. Até podíamos fingir que nós éramos bonitas, valia a pena tentar, mas não. Fica a esperança na cura da insanidade que nos invade o pouco cérebro que temos.







Existe sempre a mais nova versão das fotografias horrorosamente feias, cujo principal objectivo é captar o momento em que a pessoa salta mas, e dada a dificuldade, os resultados são sempre desastrososcomo esta, portanto.


A Rita aprecia bastante a versão emplastro, na qual se sai muito bem – como é possível observar. A Nonas tem vindo a investir nas bocas de peixe e também não está mal, mas nada comparado com a perícia usada pela kolejanka que, subtilmente, surge por detrás de qualquer personagem que esteja a ser captada por uma câmara fotográfica.



A esta podemos chamar “O Auge do Desperdício”. Veja-se o ar lindo e maravilhosamente feliz do Roberto, essa jóia de menino, tão contente por tirar uma fotografia linda connoscoesta era daquelas para o olácincoe nós o que é que resolvemos fazer? Estragar a fotografia, claro está. Esta dói na alma, cria remorsos nas pessoas.