SPLUNKS

Consta que fizemos uma grande mudanca ao sitio onde vivemos de ha 3 semanas a esta parte. Sitio, sim, que aquilo nao se parece com nada. Ou nao se parecia, va, que agora esta que e uma beleza.

Ora entao, sai a pessoa de casa com uns quantos graus negativos e vai as compras, abastecer-se de material de limpeza, vulgo Cif, vassoura, pa e outros artigos do genero. Ainda encontra pelo caminho uns papparazzi (que tambem existem aqui na Polska) que a fotografam com o material de limpeza. Querem confundir a pessoa com empregadas ucranianas, e o que e, mas as minhas feicoes nao sao semelhantes as destas panis (pani e senhora ou menina ou o raio que as parta).

Volta entrentanto a pessoa para casa, cansada de carregar tanta tralha, e comeca a limpeza. Avental posto, pano do po ao ombro e lencinho na cabeca (nao va o Diabo tece-las e o po estragar as nossas delicadas cabeleiras) e eis que o Splunks se comeca a parecer com um sitio habitavel. Armarios desmanchados (e rombos), jornais colados na parede, flores, velas (de igreja, que sao as unicas que se encontram por aqui, como seria de esperar), tapetes e individuais... ficou que foi uma joia.

Fizemos daquele o melhor quarto.

As caminhas com os edredons dos cisnes que voam, que e a coisa mais linda que ja me aqueceu (a mim e a Rita, de certeza).

Os armarios, arrumados segundo criterios (cores ou tipos). As portinhas ainda vao ser forradinhas com jornal... vao ficar um mimo.

Pormenor da mesa de cabeceira, essa furniture linda que desencantamos de cima de outro armario, com um candeeiro do tempo da guerra (de certeza que andou por la e levou com algum balazio, tal e o seu estado de decomposicao).


O orgulho da Retinha: a parede forradinha com jornal. Ja nao chegava ter colado aquela merda com cola UHU versao polaca na parede, ainda foi roubar espelhos as outras casa de banho para pendurar na parede (com pregos que, va, roubamos no supermercado).
Atente-se no tom rosado do tapete que adquirimos, que combina na perfeicao com a almofada do nosso sofa!


Nao temos moral para gozar com mais ninguem. Compramos papel esponja e eu, Nonas, dei-me ao trabalho de criar este quadro para pormos os nossos brincos (a moldura e de um outro espelho que roubamos outrora, mas que se partiu - idolatrando os 7 anos de azar que vou ter!).

O cantinho mais bonito. Pregamos uns pregos (dos que roubamos) na parede, compramos a flor roxa que combina com as velas, forramos as portas com jornal tambem e eis que surgiu o melhor cantinho do melhor quartinho da residencia IKAR.
Este movel foi dividido ao meio (irmamente, como Deus nos ensinou). Metade ficou no quarto e metade pusemos na casa de banho, ate porque e muito mais confortavel a pessoa lavar os dentes sentadinha. As senhoras da residencia nao acharam muita piada (nao regem a sua vida pelos principios da partilha, la esta) e parece que vamos ter que reaver o movel para o nosso quartinho.