Por impossível que pareça, e dado o facto de não nos ter sido diagnosticada, até à data, uma qualquer perturbação mental, paralisia facial ou mesmo parcial do cérebro, acho inacreditável o facto de, na maioria das fotografias tiradas, esteja presente um qualquer ser com um ar muito pouco normal – vá, não ofendamos as pessoas, ou melhor, não nos ofendamos a nós mesmas.
É verídico, temos uma tendência natural para nos assemelharmos a atrasados mentais. Basta usar um bocadinho de criatividade, revirar os olhos, por a língua para fora ou arreganhar a dentuça e está uma fotografia estragada. Por vezes nem é preciso forçar muito, a anormalidade emerge espontaneamente e aí está o fim da fotografia decente.
Não, de facto não é só na Polska que este fenómeno acontece. Poderia referir a fotografia do Casal que foi feito um para o outro, tirada nesse brilhante aniversário da nossa não menos brilhante Fafy, que teve lugar no Barreiro – essa também bela localidade portuguesa.
Mas retomemos a série de maravilhosas imagens que a nossa constante boa disposição, vulgo parvoíce que nos é inerente, proporciona.
Atente-se no pormenor tom usado nas fotografias mais antigas.
É uma pena estas coisas acontecerem. Podíamos ter fotografias bonitas, com pessoas bonitas, em sítios bonitos. Até podíamos fingir que nós éramos bonitas, valia a pena tentar, mas não. Fica a esperança na cura da insanidade que nos invade o pouco cérebro que temos.